Este é um espaço dedicado às histórias inspiradas nos últimos trinta anos e enriquecidas na última década a partir da prática clínica.
O desejo de escrever e contar histórias existe desde muito cedo, no entanto por prioridades que se apresentaram em alguns momentos ou por pura preguiça em outros, nunca levei à frente.
Escrever é algo esquisito. Transformar a inquietude dos pensamentos que forja histórias a partir de fragmentos de coisas vividas em palavras ordenadas com algum sentido, muitas vezes, é um desconforto. Não fazer, ainda que só rabiscando alguns pedaços de papel para depois deixá-los junto a tantos outros, é um incômodo. Não fazer é algo de mim que se perde.
Não me perder é um alívio.
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Corremos atrás de uma identidade exclusiva nestes tempos de individualismo egoísta e, até certo ponto, conseguimos uma bela embalem promocional.
Mas, no fim, de perto, olhos nos olhos do reflexo no espelho, Charles talvez tenha razão.
Pouco provável superarmos os laços de uma origem ordinária.
Embora possa haver certa identificação com alguém ou algo muito pessoal, todas as histórias, assim como os personagens apresentadas aqui são fictícios.
São frutos do casamento entre duas atividades, uma de ofício, outra de paixão, que ora tento conciliar e espremer neste espaço comprimido de tempo.
Gostaria de terminar este breve esclarecimento com algo simpático como “aproveitem a leitura” ou “espero que gostem”, mas não me reconheço nesta forma.
Não espero nada.
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